Foto: Paula Steffenon / DM |
Indignadas com o caso de estupro de uma menina de 11 meses de idade de Serafina Corrêa, um grupo de mães realizou um protesto na tarde de sábado (02), em repúdio ao caso. A criança foi abusada pelo próprio padrasto de 21 anos, que confessou o crime em depoimento a polícia. Segundo informações, a vítima era violentada há 15 dias.
O caso veio à tona na última semana quando a mãe e o padrasto teriam levado a criança para atendimento hospitalar em Serafina Corrêa alegando que a menina teria caído da cama. Diante da gravidade do caso, ela foi encaminhada para o Hospital São Vicente de Paulo em Passo Fundo, onde o abuso foi constatado pela equipe médica que acionou o Conselho Tutelar e a Polícia Civil.
O crime que causou grande repercussão no Estado mobilizou o grupo de mães ''Vamos fazer a diferença'' que se reuniram na Praça Tamandaré, no Centro de Passo Fundo para pedir justiça ao caso. Após uma oração em frente a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, o grupo caminhou até o Fórum de Justiça da cidade, onde mais um ato foi realizado.
Uma das organizadoras do ato, Jocassia Bier diz que o caso não pode ficar impune. ''Não nos conformamos com a impunidade, com o tipo de pena imposta. Todas nós temos filhos e queremos uma resposta imediata da justiça. A gente luta diariamente pelos nossos filhos, pelo bem estar deles. É revoltante uma mãe chegar no hospital com um quadro desse'', desabafa.
Jocassia alerta que a violência sexual contra menores é um crime que pode acontecer em qualquer família, independente da situação financeira. “A criança é uma vítima indefesa. Precisamos a mudança das leis para esse tipo de crime. Nós temos o direito de exigir que os agressores sejam penalizados e retirados da sociedade e que nunca mais tenham direito de tocar em uma criança. Uma criança violentada nunca mais terá a sua vida feita a mesma, foi roubado o seu direito de ser criança”.
Ainda conforme Jocassia, novas manifestações estão sendo organizadas. “Exigimos um posicionamento da Vara da Infância e Juventude de que esse crime não ficará impune”, afirma ela.
A criança permenace internada em estado de saúde grave no Hospital São Vicente de Paulo.
Autor: Paula Taísa Steffenon/ DM