terça-feira, 5 de julho de 2016

Famílias ocupam condomínio abandonado na Vista Alegre em Palmeira das Missões

Um condomínio particular foi ocupado por moradores do bairro Vista Alegre em Palmeira das Missões. O conjunto habitacional, primeiro residencial fechado da cidade, está com as obras paralisadas desde 2014. A ação dos populares reúne aproximadamente 50 famílias.
De acordo Alessandro de Moura, pessoas estavam entrando e depredando o empreendimento. Na maioria das casas, só restaram mesmo às paredes e parte da cobertura. Ele conta que as famílias não possuem residência e estão sua maioria desempregados. “Resolvemos ocupar porque estavam destruindo e roubando tudo, e também porque está sendo muito difícil viver de aluguel. Estamos em busca de um direito nosso”.
Já Marcelo da Silva relata que as famílias são oriundas de bairros desassistidos, e todos já fizeram cadastro no programa habitacional do Minha Casa, Minha Vida, mas até agora não foram contemplados. “A situação ficou insustentável. Não temos moradia e nem condições de pagar aluguel. Como vocês podem perceber o grande número de crianças, gestantes e pais de família. Não queremos fazer baderna e muito menos entrar em confronto. Queremos resolver nossa situação da melhor forma possível”.
Os moradores falaram que já procuram o prefeito Eduardo Freire por diversas vezes, mas não conseguiram conversar com o gestor. Eles garantem que o movimento não tem vinculo político-partidária. A ocupação dos populares teve início na sexta-feira (1).
Nossa equipe de reportagem acompanhou o mutirão dos moradores na limpeza do matagal dentro do condomínio. Antes da ocupação, toda instalação elétrica havia sido roubada, assim como portas, caixas d’água e até parte do calçamento. Na entrada do residencial foi colocado um portão, e um grupo monitora a entrada e saída dos moradores através de uma lista. No local não há rede de energia, água e esgotamento. Muitos precisam se deslocar até o centro para buscar alimentos.
A Marma construções, responsável pelo empreendimento, ainda não se pronunciou sobre o motivo da paralisação das obras e a ocupação dos moradores. O residencial está localizado no final da Avenida Júlio de Castilhos, e possui 28 casas mais 24 sobrados.
Fotos: Pedro Niácome/TP
Fonte: RSNORTE

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