São 122 confirmações de dengue, mais de 200 casos suspeitos e uma gestante diagnosticada com zika vírus autóctone em Frederico Westphalen, município que recebeu nesta tarde a visita do secretário estadual da Saúde, João Gabbardo, a pedido do governador José Ivo Sartori.
Na presença de profissionais da saúde e representantes do Exército e de órgãos públicos, durante reunião na prefeitura, Gabbardo colocou à disposição do prefeito, Roberto Felin Junior, toda a estrutura necessária para eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, febre chikungunya e zika vírus. Ele ainda lembrou que a luta é de toda a população. "No RS, em comparação a outros Estados, temos uma situação muito tranquila. Dentre nossos quase 500 municípios, menos de 200 têm mosquito e mais de 300 onde sequer há presença dele. Porém, entre os que possuem notificações de dengue, Frederico Westphalen e essa região preocupam, porque é aqui onde está a maior concentração de casos", explicou o secretário.
O prefeito anunciou a contratação de mais oito agentes de combate a endemias, que começarão a trabalhar nesta quinta-feira, 24, o aumento do número de maquinários para a limpeza e também da equipe para separação de entulhos. Ele ainda citou a lei que prevê 48h para que proprietários de terrenos e lotes sujos os limpem, a fim de mantê-los longe de possíveis criadouros do mosquito e justificou que os baixos números de inspeções domiciliares informados pelo secretário na semana passada se devem ao não-lançamento das visitas no sistema.
A partir de agora, as autoridades farão um planejamento de ações que será informado ao Exército, para que as forças armadas possam auxiliar conforme a necessidade, e formarão um comitê municipal de combate ao mosquito.
Zika vírus
Frederico Westphalen e Santa Maria foram os primeiros municípios gaúchos com casos de zika vírus contraídos dentro do Rio Grande do Sul, conforme anunciado pelo secretário na semana passada. A gestante de FW diagnosticada com o vírus está sendo acompanhada pelo setor de saúde e, de acordo com os últimos exames, o bebê de 14 semanas está bem. Se for constatada alguma alteração no sistema nervoso central da criança, a gestante será incluída no protocolo para gestação de alto risco.
Cristiane Luza/Folha